O filósofo e militante espanhol Paul B. Preciado insiste em recente entrevista que, curiosamente, os espaços mais idealizados como os de proteção da infância (escola e família) são os mais violentos e são os lugares onde opera a mais forte normatização de gênero e da sexualidade. Portanto, há uma necessidade de desmistificar estes espaços. Nos anos 60 se inicia uma crítica desde os movimentos feministas, homossexuais e mais tarde os movimentos transexuais e transgêneros da violência inerente a estes espaços pedagógicos.
SUGERE-SE PARA ESTA PAUTA:
>>De que modo escola e família manifestam esta normatização de gênero e da sexualidade?
>>O que fazer para avançar neste campo, no momento em que por um lado temos que defender (dos ataques liberais) a escola pública como direito universal, mas ao mesmo tempo denunciar as suas práticas antiquadas e violentas em relação ao gênero e à sexualidade?
> Quais práticas e experiências concretas podem ser destacadas em escolas públicas no que diz respeito a este tema?
>>>Algum colégio público declara-se abertamente não-heteronormativo ou feminista? Colégios onde os alunos teham direito a processos de mudança sem ser objetos de violência?
>>As recentes manifestações de ocupação das escolas estaduais em São Paulo ajudaram os avanços nesta campo de transformações sociais???